domingo, 29 de maio de 2011

Michael Ronan, VP de Relações Governamentais da Royal Caribbean Cruises Ltd., reuniu-se em São Francisco do Sul (SC) com o GT Náutico de SC

Ernesto São Thiago, Diretor de Turismo da Acif e 
Michael Ronan, VP da Royal Caribbean Cruises Ltd

Michael Ronan é VP Governement Relations da Royal Caribbean Cruises Ltd para Caribe, América Latina e Ásia, respondendo pelas subsidiárias Azamara Club Cruises, Celebrity Cruises e Royal Caribbean International.

Reuniu-se neste sábado com o GT Náutico de Santa Catarina, comparecendo prefeitos e secretários de turismo de São Francisco do Sul, Itajaí, Porto Belo e o diretor de turismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Ernesto São Thiago.

Enfatizou a necessidade de os terminais de cruzeiros unirem-se em torno de uma associação do segmento, tanto em Santa Catarina quanto no Brasil e na América no Sul.

Após alguns questionamentos e esclarecimentos, os terminais catarinenses passaram a considerar a hipótese de filiarem-se todos à Brasilcruise, desde que com a realização imediata de novas eleições para a diretoria da entidade e com a criação de uma seccional catarinense, Brasilcruise/SC, para depois fomentar a criação de uma associação de terminais de cruzeiros que englobe toda a America do Sul, a espelho da FCCA (Florida Caribbean Cruise Association) e MedCruise (Association of Mediterranean Cruise Ports). 

A idéia é realizar em breve, em SC, uma reunião de trabalho com todos os terminais de cruzeiros da AL, sem agentes de viagens ou armadoras.

Michael vai intermediar em SP, no Seatrade South America, segunda ou terça-feira, uma reunião sobre as vantagens do associativismo. Será entre os terminais de cruzeiros brasileiros que tiverem interesse e Carla Salvadó (Senior VP da MedCruise), do porto de Barcelona.

O executivo da Royal Caribbean foi de helicóptero de Florianópolis até São Francisco do Sul, achou nosso litoral único, com o contraste entre as montanhas, rochas, praias e o mar, mas estranhou muito não termos transporte marítimo de cargas e passageiros entre os portos catarinenses, dependendo apenas de rodovias, na contramão do que se dá no resto do mundo.

Ficou animado com a notícia de que o Governo do Estado está desenvolvendo um terminal de cruzeiros para Florianópolis e solicitou que a Diretoria de Turismo da ACIF o mantenha informado sobre o desenvolvimento dos estudos.

Encantado com São Francisco do Sul, disse: "Há inúmeras possibilidades aqui".

Retomando o assunto associativismo, foi enfático: "O mercado brasileiro somente vai continuar a crescer se houver integração e cooperação entre seus terminais de cruzeiros e entre estes e os demais da AL". Foi citado o exemplo do acordo comercial entre Mar del Plata e Buenos Aires, na Argentina, com descontos para operação em Buenos Aires aos cruzeiros que realizarem escalas também em Mar del Plata. Por outro lado, demonstrou que decisões isoladas de destinos ou países podem impactar negativamente em toda a região, como se deu no caso da proibição de os cassinos dos navios operarem na costa do Chile, com reflexos ruins na Argentina e no Brasil, pois o Cone Sul inteiro acabou sendo excluído de algumas rotas..

Lamentou muito a decisão de Búzios de reduzir de 4 para 2 o número máximo de escalas diárias, sem negociar isto com os demais destinos impactados e sem um prazo razoável para reprogramação do conjunto das escalas no Brasil.

Michael Ronan informou que há até pouco tempo quase todos os terminais do Mediterrâneo eram operados pelo poder público. Hoje a maioria é concedida à iniciativa privada ou puramente privado mesmo. O resultado foi integração e crescimento.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Michael Ronan, vice-presidente da Royal Caribbean, visitará São Francisco do Sul (SC)

Vista parcial do Centro Histórico de São Francisco do Sul (SC)

A temporada de cruzeiros marítimos 2010/2011 de São Francisco do Sul foi um sucesso. Prova disso é que a próxima temporada já está confirmada e o Prefeito Luiz Roberto de Oliveira (Zera) em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo e Lazer têm atuado cada vez mais com o intuito de potencializar o setor.
Neste fim de semana, a secretária de Turismo e Lazer, Jamille de Freitas Machado e Luiz Zera irão receber Michael Ronan, vice-presidente da Royal Caribbean, uma das maiores empresas de cruzeiros marítimos do mundo, proprietária dos navios Oasis e Allure of the Seas. Ronan vem ao Brasil para participar da Seatrade Cruise Shipping South America, em São Paulo, nos próximos dias 30 e 31 de maio. Atendendo a um convite feito pelo Prefeito durante a feira em Miami, Ronan vem ao estado e pernoita em São Francisco do Sul para uma visita técnica. O objetivo da visita é mostrar os atrativos turísticos do município e a estrutura técnica para receber navios de passageiros. “Queremos que as companhias de cruzeiros vejam o que nós vemos sobre São Francisco do Sul, uma cidade linda com plenas condições de receber as escalas de navios”, afirma o Luiz Zera.
Na segunda-feira, o Prefeito e a Secretária de Turismo estarão participando do evento em São Paulo. “Estamos focados na apresentação das potencialidades de nosso município, principalmente na ampliação das escalas e na consolidação para o segmento de cruzeiros marítimos”, enfatiza Jamille.

Michele Fontes
Assessoria de Imprensa

Prefeitura São Francisco do Sul
(47) 34712246 - 99847078

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Deputado Edinho Bez (PMDB-SC) alerta para apagão dos cruzeiros no Brasil!!!





Pronunciamento do Deputado Edinho Bez (PMDB-SC), em 24 de maio de 2011 na Câmara dos Deputados sobre a diminuição do número de cruzeiros devido à estrutura portuária brasileira.


Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,

Tomo a palavra nesta oportunidade para falar sobre o mercado de cruzeiros marítimos no Brasil.

Como membro da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional trago este importante assunto à baila.

O mercado de cruzeiros marítimos chegou ao limite de sua capacidade no país. O motivo não é a estagnação da procura ou a falta de interesse das empresas operadoras. Mas sim a saturação dos portos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar), o país deve perder entre 15% a 20% na oferta de navios na temporada 2011/2012. Neste ano, 20 embarcações navegaram pela costa brasileira, um crescimento expressivo em relação aos seis navios que vieram ao país na temporada 2004/2005.

Esta é a primeira vez em dez anos de expansão que o segmento dá sinais de diminuir o crescimento.

Os pilares da Abremar são segurança e conforto e os portos brasileiros não têm mais capacidade para atender os dois critérios. Faz-se necessário acelerar os esforços do Governo no sentido de aumentar o incentivo ao Setor Portuário.

Há a previsão de investimento de R$ 741 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para fomentar o turismo marítimo.
O descompasso entre o crescimento da demanda e a infraestrutura não é apenas do setor de cruzeiros. Os setores elétrico e aeroportuário também são atingidos, entre outros.

As empresas afirmam que, com o aumento no número de passageiros e no tamanho dos navios que vêm ao país, os portos e píeres, em breve, não conseguirão mais atender a demanda.

A ampliação no número de portos é necessária e não só uma expansão dos terminais já existentes. Com um maior número de terminais, a diversidade de roteiros poderá ser ampliada e isso reverte em benefício para todos.

Apesar do vasto litoral, devido ao pequeno número de portos, o Brasil acaba tendo poucas opções de trecho, o que faz com que o itinerário não seja tão atrativo como destino.
Em outros países, em caso de falta de infraestrutura, a questão foi solucionada buscando novas ilhas como opção de destino ou mesmo a construção de portos menores e mais simples.

No caso do Brasil, um maior número de pequenos portos atenderia a demanda. A prioridade no embarque e no desembarque é a agilidade e o conforto, assim como fazem a Noruega e a Dinamarca.

Relembro, ainda, que apesar do enunciado, precisamos modificar, modernizar a nossa legislação, uma vez que esta questão do transporte marítimo vem prejudicando a rede hoteleira que tem reclamado nos últimos anos.

Um exemplo disto é a situação dos donos de navios estrangeiros que contratam pessoal aqui no Brasil, pagando mais no período de temporada, de 3 a 4 meses, não pagando os encargos sociais e vão embora. Já os hoteleiros mantêm uma despesa fixa durante todo o ano.

Citei este último exemplo apenas para uma boa reflexão e sugiro uma Audiência Pública com todos os envolvidos para elucidarem tais dúvidas.

Era o que tinha a dizer.

Edinho Bez
Vice-Líder do PMDB