Ernesto São Thiago, Diretor de Turismo da Acif e
Michael Ronan, VP da Royal Caribbean Cruises Ltd
Michael Ronan é VP Governement Relations da Royal Caribbean Cruises Ltd para Caribe, América Latina e Ásia, respondendo pelas subsidiárias Azamara Club Cruises, Celebrity Cruises e Royal Caribbean International.
Reuniu-se neste sábado com o GT Náutico de Santa Catarina, comparecendo prefeitos e secretários de turismo de São Francisco do Sul, Itajaí, Porto Belo e o diretor de turismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Ernesto São Thiago.
Enfatizou a necessidade de os terminais de cruzeiros unirem-se em torno de uma associação do segmento, tanto em Santa Catarina quanto no Brasil e na América no Sul.
Após alguns questionamentos e esclarecimentos, os terminais catarinenses passaram a considerar a hipótese de filiarem-se todos à Brasilcruise, desde que com a realização imediata de novas eleições para a diretoria da entidade e com a criação de uma seccional catarinense, Brasilcruise/SC, para depois fomentar a criação de uma associação de terminais de cruzeiros que englobe toda a America do Sul, a espelho da FCCA (Florida Caribbean Cruise Association) e MedCruise (Association of Mediterranean Cruise Ports).
A idéia é realizar em breve, em SC, uma reunião de trabalho com todos os terminais de cruzeiros da AL, sem agentes de viagens ou armadoras.
Michael vai intermediar em SP, no Seatrade South America, segunda ou terça-feira, uma reunião sobre as vantagens do associativismo. Será entre os terminais de cruzeiros brasileiros que tiverem interesse e Carla Salvadó (Senior VP da MedCruise), do porto de Barcelona.
O executivo da Royal Caribbean foi de helicóptero de Florianópolis até São Francisco do Sul, achou nosso litoral único, com o contraste entre as montanhas, rochas, praias e o mar, mas estranhou muito não termos transporte marítimo de cargas e passageiros entre os portos catarinenses, dependendo apenas de rodovias, na contramão do que se dá no resto do mundo.
Ficou animado com a notícia de que o Governo do Estado está desenvolvendo um terminal de cruzeiros para Florianópolis e solicitou que a Diretoria de Turismo da ACIF o mantenha informado sobre o desenvolvimento dos estudos.
Encantado com São Francisco do Sul, disse: "Há inúmeras possibilidades aqui".
Retomando o assunto associativismo, foi enfático: "O mercado brasileiro somente vai continuar a crescer se houver integração e cooperação entre seus terminais de cruzeiros e entre estes e os demais da AL". Foi citado o exemplo do acordo comercial entre Mar del Plata e Buenos Aires, na Argentina, com descontos para operação em Buenos Aires aos cruzeiros que realizarem escalas também em Mar del Plata. Por outro lado, demonstrou que decisões isoladas de destinos ou países podem impactar negativamente em toda a região, como se deu no caso da proibição de os cassinos dos navios operarem na costa do Chile, com reflexos ruins na Argentina e no Brasil, pois o Cone Sul inteiro acabou sendo excluído de algumas rotas..
Lamentou muito a decisão de Búzios de reduzir de 4 para 2 o número máximo de escalas diárias, sem negociar isto com os demais destinos impactados e sem um prazo razoável para reprogramação do conjunto das escalas no Brasil.
Michael Ronan informou que há até pouco tempo quase todos os terminais do Mediterrâneo eram operados pelo poder público. Hoje a maioria é concedida à iniciativa privada ou puramente privado mesmo. O resultado foi integração e crescimento.
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