terça-feira, 28 de julho de 2009

Presidente da Acatmar diz que redução de imposto catarinense evitou fuga de empresas do setor náutico


O governador do Estado de SC, Luiz Henrique, assinou nesta terça-feira (28) um decreto que institui benefícios fiscais para o programa Pró-Náutica, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do setor. “Desde que assumimos o governo, já são 60 setores beneficiados com essa nova política fiscal, que faz que Estado e iniciativa privada sejam parceiros na geração de emprego e renda”, disse o Governador.


Para o vice-governador Leonel Pavan, “essa redução estimula duas áreas estratégicas que vão ajudar atividades turísticas, além de outros setores. Então não é uma evasão de receita, porque essas reduções fazem girar a economia”, apontou Pavan.


O programa Pró-Naútica, que beneficia a indústria de embarcações de lazer, vai conceder redução de carga tributária, com alíquota de ICMS passando de 25% para 7%. Medida semelhante foi tomada recentemente pelos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e agora o governo catarinense anuncia o regime especial para manter a competitividade da indústria catarinense e fomentar o polo náutico do Estado. As embarcações utilitárias já possuem outros benefícios específicos anteriores.


O secretário de Estado da Fazenda, Antônio Marcos Gavazzoni, lembrou que a guerra fiscal entre os Estados existe de fato. “Santa Catarina se tornou um estado atraente para investidores, jogamos esse jogo com muita responsabilidade, mas também com muita ousadia”, ressaltou Gavazonni.


O armador catarinense Márcio Schaefer, lembrou que o setor conseguiu crescer muito graças ao apoio do Governo. "Hoje Santa Catarina já ultrapassa o Rio de Janeiro como maior pólo náutico nacional, graças à ações de governo que trazem formalidade e crescimento para o setor", disse.


O Presidente da Acatmar, Luiz Lunardelli, afirmou que "a medida adotada pelo Governo de Santa Catarina vai permitir a permanência de diversos estaleiros, que pensavam em migrar para RJ ou SP, em nosso Estado e estimular a vinda de novos empreendimentos de grande porte, movimentando a economia gerando renda e mantendo empregos". Disse, ainda, que, "cada embarcação produzida aqui representa em torno de 5 empregos diretos e 3 indiretos e que a medida representa uma vitória para o segmento náutico catarinense que agora desfruta de condições de igualdade com outros grandes polos náuticos brasileiros".


O ato foi prestigiado por um grande numero de parlamentares, secretários estaduais e prefeitos municipais, além de forte representação do setor náutico catarinense. A Acatmar esteve presente através de um numero expressivo de associados, tais como, Marcio Schaefer (Schaefer Yachts), Caio Souza (Armada Yachts) José Fernando Manoel (Sun Line Boats) Marcio Braz Ferreira (Fibrafort), Pedro Springman (Intech Boats), Ademir Tesser (Exponáutica) Luiz Felback (Marina Pier 33), Mané Ferrari (Náutica e Cia) e Ernesto São Thiago (Porto Internacional Turístico Santa Catarina), entre outros.


Fonte: Revista Náutica/SECOM-SC

sábado, 25 de julho de 2009

Rebatendo o conteúdo das notas "Floripa" (1) e (2) do "Informe Político" do "Diário Catarinense" de 26 de julho de 2009


As notas:Floripa (1)O assunto não é novo, mas ganhou contornos de conclamação nas palavras proferidas pelo professor e escritor Rubem Alves, no encerramento do Educasul, quando falava sobre educação e ética a cerca de mil professores no CentroSul, na sexta-feira.Os disparos do intelectual foram direcionados ao segundo presidente da República, o marechal Floriano Peixoto, que originou o novo nome da Capital catarinense, antes denominada de Desterro. Para Alves, que lançou uma verdadeira campanha, o nome instituído em 1894 a Florianópolis deveria ser banido, pois “não merece permanecer sendo castigada com o nome deste facínora”.Após quase 30 anos de Novembrada, quando estudantes e populares provocaram o então presidente-general João Baptista Figueiredo, que inauguraria uma placa para reverenciar Floriano Peixoto, Rubem Alves reacende a polêmica.

Floripa (2)O nome, na visão de Alves, deveria ser simplesmente Floripa, como a Capital é conhecida de maneira informal.Após quase 30 anos de Novembrada, quando estudantes e populares provocaram o então presidente-general João Baptista Figueiredo, que inauguraria uma placa para reverenciar Floriano Peixoto, Rubem Alves reacende a polêmica.

O email ao colunista:

Prezado Roberto Azevedo,
Minha família tem uma bela história de luta em defesa do Brasil e de Santa Catarina.
Joaquim António Santiago, meu pentavô, manezinho nascido na Ilha de Santa Catarina em 1794, foi quem, em 1819, às margens do Rio Uruguai, na condição de humilde, mas bravo, sargento do memorável Regimento Barriga Verde, realizou a prisão do general argentino Andrezito Artigas, que liderava mais de 2.000 soldados, fato que marcou o início do fim da chamada Guerra dos Artigas no contexto das Guerras Cisplatinas.
Quase 74 anos depois, um neto do sargento Joaquim, Polydoro Olavo São Thiago, meu tio-trisavô, igualmente em defesa do Brasil e, neste caso, especialmente de Santa Catarina, lideraria no Sul do nosso Estado aquela que ficou conhecida como a Revolta do Municípios, fundamental para libertar-nos da guerrilha federalista, comandada por um caudilho uruguaio, Gumercindo Saraiva, à frente de uma turba de traidores da pátria, os maragatos, que invadiu as terras catarinenses pilhando as plantações, estuprando nossas mulheres e degolando covardemente nossos homens, inclusive crianças. Pelo flanco Norte, Santa Catarina foi libertada dos federalistas sob o comando de Hercílio Luz.
Além destas barbaridades todas, os federalistas, enquanto (des)governaram o Estado com a vergonhosa conivência de traidores locais, arruinaram os cofres públicos e rasgaram a nossa Primeira Constituição de 1891, que só viria a ser restaurada em 1894, quando foram expulsos daqui. Os constituintes de 1891 são os ilustres deputados que compõem aquela majestosa tela integrante do acervo da ALESC. Entre os parlamentares retratados, estão Polydoro Olavo São Thiago e meu trisavô, também igualmente Joaquim Antônio, em homenagem ao avô dele, o meu pentavô, herói de guerra.
Após derrotarem os invasores federalistas, Hercílio Luz e Polydoro Olavo São Thiago são eleitos, respectivamente, governador e vice-governador de Santa Catarina em 1894. Porém, nenhum dos dois teria êxito contra a guerrilha sanguinária que veio do Sul - e que tantos males causou à nossa terra e à nossa gente -, sem o apoio decisivo das tropas republicanas, enviadas por Floriano Peixoto.
Para melhor ilustrar a importância de termos sido livrados dos federalistas com o apoio fundamental de Floriano Peixoto, cito o professor Evaldo Pauli, em sua Enciclopédia Simpozio, publicada na internet pela UFSC:
"Com o espírito de fronteira, ou da região Sul, os federalistas haviam passado aos métodos da degola sistemática dos chefes republicanos que tivessem a desgraça de lhes cair nas mãos. Houve degolas no Rio Grande do Sul, e também nos Estados de Santa Catarina, Paraná. Veio a desordem institucional, a autonomeação de um Governo Federal na Ilha de Santa Catarina, a degola, o empastelamento de jornais, o declínio econômico".
E reproduz o relato de um soldado federalista, degolador:
"Alguns se ajoelham, pedem por todos os santos, choram, gritam: é uma penúria. A gente tem de amarrá-los. Outros nos injuriam e levantam a cabeça como uns danados. Uma vez a bicha (a faca), cortava tanto que depois do primeiro golpe ainda a rês (a vítima), correu um pedaço com a cabeça caída para trás. E quando a bicha não tem fio é um despropósito. Vai cortando aos poucos e a rês dá berros de pôr o mundo abaixo".
Sobre os fuzilamentos em Anhatomirim, o professor Evaldo Pauli esclarece:
"Em abril de 1894, nos dias imediatos à vitória florianista, em Desterro, e durando ainda a atroz Revolução Federalista no interior do Continente, foram mandados ao fuzilamento, por Moreira César, cumprindo lei marcial, dezenas de federalistas, entre militares e chefes civis. Foi fuzilado o Presidente Lorena. Mas conseguiu escapar o Tte. Manuel Machado. Dentre os mais ilustres catarinenses, foi alcançado pela condenação o Barão de Batovi, ou Marechal Gama D'Eça, herói do Paraguai, - todavia um estimulador da Revolução federalista. E dentre os que cruzaram os caminhos de Hercílio Luz foi trazido preso de Blumenau e fuzilado, Elesbão Pinto da Luz. (...) O caso de cerca de 40 fuzilamentos de federalistas, na Fortaleza da Ilha de Anhatomirim, chocou certamente a opinião pública. O fato foi explorado pelos federalistas e seus descendentes, não raro com acrescidas deformações (...).
"Os federalistas buscaram transferir para o Presidente Floriano Peixoto as culpas do fuzilamento de Anhatomirim, sobretudo depois que se trocou o nome de Desterro pelo de Florianópolis. A afirmação contém algo de paradoxal, não somente porque nunca foi provada, como ainda porque se sabe que Floriano Peixoto impedira que os proclamadores da República fossem reprimidos sanguinolentamente no ato mesmo quando faziam a proclamação em 15 de novembro de 1889.
"Floriano Peixoto liquidou também a Revolução Federalista, que se havia especializado em degolar seus adversários. Os obscurantistas, além de haverem levado o Estado de Santa Catarina à maior anarquia, também sonhavam paradoxalmente em restabelecer a Monarquia. Infelizmente, por ação direta de Moreira Cesar, então governante militar de Santa Catarina, - valendo-se da lei marcial, - ordenou o fuzilamento dos chefetes locais dos federalistas.
"Entretanto não há provas de que houvesse neste sentido uma ordem direta da Presidência da República. Se assim fosse, a ordem se teria repetido em outros lugares da luta contra os federalistas. Mas se sabe que políticos locais influiram na nominata dos fuzilados. É possível que, se tudo houvesse dependido apenas de Floriano Peixoto, o fuzilamento de Anhatomirim não teria acontecido (...)".
"Entretanto, de tempos em tempos, não falta quem afirme o contrário, atribuindo sem provas ao idoso Presidente Floriano os fuzilamentos".
E finaliza magistralmente o ilustre professor:
"A liberdade de opinião, é um direito, mas cuide cada qual de não afirmar o que não possa provar adequadamente, e respeite sobretudo o nome de nossa Capital Florianópolis, pelo menos porque foi criado pela maioria política, de um tempo em que a liderança foi de grandes nomes, como Lauro Müller, Felipe Schmidt, Hercílio Luz, este o Governador inconfundível. Saiba-se também que literatos de bom gosto, como Cruz e Sousa e Afonso Taunay foram contrários ao nome Desterro, porque efetivamente era de mau gosto!, e não protestaram contra o novo nome que veio a ostentar, com formação erudita, Florianópolis, a polis de Floriano".

Ernesto São Thiago

CRISPIM MIRA: mártir do jornalismo e do "Porto de Florianópolis".


O "Porto de Florianópolis" é uma "causa" - e das grandes.
Como algumas "causas", às vezes, têm seu mártir, o desta atende pelo nome de Crispim Mira, advogado e jornalista.

Falar sobre seu assassinato é quase um tabu na capital dos catarinenses, seja em razão do tema dos artigos escritos por ele e que levaram à sua morte - nepotismo e desvio de verbas públicas no Porto de Florianópolis -; seja devido à posição social do autor do crime e seus cúmplices; seja por conta do rito escandalosamente irregular do respectivo julgamento (que levou à absolvição de réus confessos em um júri transferido por mágica da Capital para São José).

Ao tomar posse da cadeira n. 5 da Academia Catarinense de Letras, da qual é patrono Crispim Mira, o escritor Francisco José Pereira proferiu discurso de que vale resgatar alguns excertos para melhor ilustrar o que afirmei:

Crispim Mira nasceu em Joinville, em 02 de setembro de 1880. Aos 20 anos inicia a carreira de jornalista em sua cidade natal, uma carreira que, sob o impulso de apaixonada vocação, só se interromperia 26 anos depois – assassinado na redação de seu jornal Folha Nova, em Florianópolis.

Em 1908 é redator da Gazeta Catharinense do então senador Hercílio Luz. No ano seguinte, em 1909, Crispim Mira inicia um jornalismo mais pessoal, fundando o jornal Folha de Commercio, cujo gerente é Martinho Callado.

É exatamente pelas páginas da Folha de Commercio que, em 1910, Crispim Mira dá início a uma série de artigos em que denuncia o abandono do porto de Florianópolis. Denúncias estas que, 17 anos mais tarde, seriam o pivot de seu assassinato.

A velha questão do porto de Florianópolis e sua importância para o desenvolvimento econômico do Estado, uma antiga preocupação do jornalista – já manifestada, em 1910, pela Folha de Commercio – volta às páginas de seu novo jornal Folha Nova. 

Em fins deste mesmo ano de 1926, a edição de 2 de dezembro de Folha Nova publicara entrevista, que o próprio Crispim Mira fizera, com o comandante Leodegardo Luz – um experiente navegador catarinense – sob o título "São Pessimas as Condições do nosso Porto".Dizia então o comandante Leodegardo Luz:“Florianópolis, infelizmente, soffre as consequencias de não ter um bom porto, pois taes são as suas condições actuaes que quasi seria o mesmo não telo. Dia a dia peoram os canaes de acesso, e, cada vez mais, vamos nos aproximando de um terrível precipicio para o nosso commercio”.E o entrevistado dava detalhes.“No canal norte foi feito um balizamento defeituoso, cerca de vinte metros affastado do rumo certo, para os lados de Tijuquinha. Acontece que os navios, seguindo esse balizamento errado, encalham”. E concluía: “É essa uma triste verdade. Desde pequeno (...) no tempo da monarchia que ouço falar nos 'Melhoramentos dos Portos'. São passados trinta e tantos anos de regimen republicano sem que elle nos apresente melhora alguma”. A "Comissão de Melhoramentos dos Portos" era a repartição pública federal que se ocupava com os trabalhos de drenagem, manutenção dos portos, reparação de embarcações e outros. A referida Comissão estava vinculada ao Ministério da Viação, cujo ministro era o catarinense Victor Konder, irmão do então governador Adolfo Konder.O tema seguiria seu trágico rumo nos primeiros meses de 1927. Já em fevereiro, Crispim Mira resolve entrar em detalhes de nepotismo, de fraude e locupletação indevida de bens do patrimônio público da referida repartição federal, então sob a chefia do senhor Tito Lopez.A edição de Folha Nova de 15 de fevereiro estampava em grandes títulos:“História de uma Repartição Pública Federal onde Alguns Enriquecem e Outros se Locupletam até a Indigestão”. E seguiam denúncias de nepotismo, fraudes e locupletamento ilegal do patrimônio público, todas devidamente relacionadas – incluindo valores e detalhadas circunstâncias.

Tito Lopes, ofendido, procura na manhã do dia seguinte o advogado Ruup Junior e solicita-lhe que constituísse uma comissão a fim de procurar e propor a Crispim Mira um desafio para duelo. “Sua insistência foi tal – diria mais tarde Ruup Junior – que não pude recusar. Procurei então o gal. Vieira da Rosa e o dr. Francisco Gallotti e com eles me dirigi à redação da Folha Nova”. E na redação, após ouvir da referida comissão a proposta de uma retratação ou de uma reparação pelas armas à escolha do jornalista, este fora lacônico: – Minha arma é a pena – colocando, em seguida, as páginas de seu jornal à disposição do ofendido para nela defender-se, exortando ainda Tito Lopes a solicitar uma sindicância para apurar a verdade, ou não, das denúncias publicadas por Folha Nova.No dia seguinte, 17 de fevereiro, Aécio Lopes, filho de Tito Lopez e também funcionário da "Comissão Melhoramentos dos Portos", acompanhado de Antonio Selva, igualmente funcionário da "Melhoramentos dos Portos", e mais João Pio Pereira, motorista da "Melhoramentos dos Portos", este dirigindo o veículo da própria repartição pública federal, dirigem-se à redação de Folha Nova, portando revolver e chicotes. A estes se incorporaria Sebastião Coelho, que já os esperava em local próximo à Folha Nova.Era cerca de 13 horas, Crispim Mira acompanhado de seu filho menor Cláudio, de 14 anos, deixava a redação do jornal, situado na esquina da Tiradentes com Nunes Machado, com acesso por ambas ruas, quando entraram enfurecidos Aecio Lopes, Antonio Selva e Sebastião Coelho e, após agressões com chicote ao jornalista e a seu filho menor, acertam um tiro na boca de Crispim Mira, e logo deixaram a redação, retornando ao carro da "Melhoramentos dos Portos", cujo chauffer os esperava na esquina da Saldanha Marinho.

No Termo de Declarações prestado por Crispim Mira nos autos do inquérito policial aberto nesse mesmo dia do atentado, e tomado no Hospital de Caridade onde fora internado, Crispim Mira identifica como autor do tiro, dizendo ser “um moço que sabe ser filho de Tito Lopes, que subitamente detonou um revolver sobre o depoente, penetrando o projectil pelo labio inferior e no mesmo tempo foi-lhe vibrada uma grande pancada sobre o occipital parte superior, deitando-o por terra...”.

Durante o período de internamento hospitalar de Crispim Mira foram muitas as manifestações dos mais distintos segmentos da sociedade, da política, da religião e outros, refletindo não só o repúdio à agressão física em si e à liberdade de imprensa, senão expressando, sobretudo, o elevado grau de admiração e respeito à pessoa do profissional jornalista. Seguem ilustrativos exemplos destas manifestações, extraídos dos jornais da época:"O sr. Nereu Ramos offereceu incondicionalmente os serviços para a defesa da livre expansão do pensamento, que não pode ser julgada a tiro". 

"Visitando o seu distincto amigo, desejo-lhe todas as melhoras e que possa voltar ao seu posto de trabalho onde tantas provas tem dado de amor á nossa terra – Oswaldo Cabral, Laguna".

"Dr. Abelardo Fonseca. Central, Rio-24. Favor visitar Mira dizendo seu estado. Agradecido – José Boiteux, Rio de Janeiro".

"Dom Joaquim Domingues de Oliveira, arcebispo de Santa Catharina, acompanhado por Frei Evaristo Schumann visita a Crispim Mira communicando-lhe que em todos os collegios, conforme ordem do arcebispo, estavam sendo feitas preces pelo seu estado de saúde. Depois o sr. Arcebispo fez entrega ao jornalista-martir de uma imagem sagrada".

O falecimento de Crispim Mira ocorreu no dia 5 de março de 1927, aos 46 anos de idade. Assinou o atestado de óbito, o dr. Gottsmann.

Centenas de pessoas, já pela manhã, acorreram ao Hospital de Caridade, em cuja capela era velado Crispim Mira. 

O governador Adolfo Konder, acompanhado de Edmundo da Luz Pinto, visitou o jornalista morto. 

A multidão excedia os espaços e transbordava o pátio do Hospital, conforme os jornais da época. 

O comércio fechou suas portas às 13:30 horas e não funcionaram os cinemas locais. 

Crispim Mira teve dez mil criaturas disputando as alças de seu ataúde – registrou a memória popular.

Foram denunciados, Aecio Lopez e seus comparsas Antonio Selva, Sebastião Coelho, e o motorista João Pio Pereira, acusados do assassinato de Crispim Mira. 

O julgamento dos acusados, entretanto, foi desaforado para São José, então de difícil acesso em face das condições viárias da época, e que o fazia um lugar distante. E lá, em 27 de setembro, instalou-se o Tribunal do Júri que absolveu por unanimidade os quatro acusados.

Aquele Tribunal do Júri foi, de fato, cenário de uma verdadeira farsa, cujos detalhes estão expostos no meu livro "As Duas Mortes de Crispim Mira".
Dava-se, a partir daí, um longo e preconceituoso silêncio em torno da obra, da vida e das circunstâncias que envolveram a morte de Crispim Mira, e que perdurou por mais de meio século – uma espécie de segunda morte de Crispim Mira – que só foi interrompido com a publicação do meu já referido livro.

O jornalista Crispim Mira morreu pobre. Por sugestão do Desembargador Pedro Silva foi lançado a público “appello para que este contribua com quaisquer quantias destinadas á formação da importância com que será adquirida uma casa para moradia da viúva e filhos da desditosa victima da cruel aggressão da rua Tiradentes”. 

Assina, Des. Pedro Silva com 200$000. 

E muitas outras doações viriam.

Ano passado, Domingos de Abreu Miranda publicou um artigo no "Observatório da Imprensa" tratando do papel revolucionário do jornalismo. Crispim Mira mereceu destaque:

A luta contra os desmandos do poderio econômico e político geralmente era praticada por pessoas abnegadas cujo principal interesse era ver triunfar a ética. Um destes exemplos foi o joinvilense Crispim Mira, que, por denunciar falcatruas nas obras públicas no porto de Florianópolis, foi barbaramente assassinado, em 1927, dentro da sede de seu jornal Folha Nova, na capital catarinense.

Também em 2008 foi lançado o excelente documentário "Crispim Mira e o Artigo da Morte" dirigido e produzido pelos competentes jornalistas Clésio Pedro Fermiano Júnior e Liliane Ribeiro e Ribeiro.

Mesmo com todo o constrangimento que seu tema causou e ainda causa a certas famílias da alta sociedade florianopolitana, o filme ganhou a capa do caderno "Variedades" do Diário Catarinense, em reportagem de Alicia Alão:

O documentário contextualiza Florianópolis dos anos 1920, faz uma simulação do crime e da morte de Crispim Mira, o julgamento dos acusados e depoimentos de familiares do jornalista e dos acusados, de um médico legista, advogado criminalista, entre outros. Clésio considera as maiores relíquias as fotos do cortejo, que reuniu 10 mil pessoas, numa cidade de 40 mil habitantes. 

- Quando iniciei o trabalho, me perguntaram se eu não temia mexer com pessoas importantes. Enfrentamos esse obstáculo do medo, porque o jornalista trabalha com versões contrárias dos fatos - diz Clésio.

Nas palavras do historiador Enéas Athanázio, entrevistado no documentário, "o atentado contra Crispim Mira, provocando sua morte precoce e cortando a carreira de um escritor de talento é uma página negra da história catarinense, página que, embora amarga, não pode e não deve ser esquecida para que nunca mais se repita".

Como forma de homenagear Crispim Mira na data de aniversário de sua morte, patrocinei, em 05 de março de 2009, a exibição gratuita de "Crispim Mira e o Artigo da Morte", no Cine Clube Sol da Terra.

Entretanto, é obra para ser transmitida a toda a gente de Florianópolis, pela TV aberta, em horário nobre. 

Quem sabe, um dia:




sexta-feira, 24 de julho de 2009

Porto Turístico na Grande Florianópolis. Convênio de R$1,87 milhão entre MTur e Governo de SC viabiliza estudos.


Em março de 2008 o Governo do Estado de Santa Catarina, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, da Secreteria Executiva de Articulação Nacional, da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Mesoregião da Grande Florianópolis, firmou com a Prefeitura do Município de São José e a empresa Porto Turístico de Florianópolis Empreendimentos Ltda., "Acordo de Cooperação" tendo por objeto "a implantação de um Terminal Multimodal de Passageiros na Grande Florianópolis" visando atrair "turistas e passageiros de navios que realizam cruzeiros na costa brasileira", constituindo-se em um "produto turístico de qualidade internacional servido por grande área multilazer à beira-mar que proporcionará salutar interação entre os visitantes e os cidadão locais".
Conforme foi avençado, "o empreendimento em questão objetiva promover a descentralização do turismo náutico para o interior de Santa Catarina, motivando o afluxo de turistas nacionais e estrangeiros às diversas regiões do Estado e fomentando as atividades nas áreas de lazer, artesanato e eventos regionais".
Este acordo multilateral, que teve ampla cobertura da mídia local e nacional, repercutindo invlusive na Europa, não se resumiu a um protocolo de intenções.
Em dezembro do mesmo ano, dentro do programa "Projetos de Fomento ao Desenvolvimento Turístico Local", o Ministério do Turismo - MTur, firmou com o Governo de SC convênio no valor global de R$1.875.000 tendo por objeto a "elaboração de estudos e projetos para a implantação de um terminal portuário turístico internacional, na orla de Santa Catarina".
Consta da justificativa do convênio que "a proposição é de que sua localização seja na porção continental próximo à capital do Estado, Florianópolis. Isso permitirá a integração das rotas terrestres de visitação focando-as tanto para o litoral continental insular (ou seja, em frente à Ilha de Santa Catarina) como para os atrativos serranos do Estado".
O mesmo convênio destaca ainda que "como fica explícito, há interesses recíprocos entre a União e o Estado de Santa Catarina no objeto em tela, pois abrange o turismo nacional e internacional, vez que o público alvo a ser atendido e beneficiado com o empreendimento se estende de norte ao sul do país e internacionalmente. É uma ação da qual se espera resultado altamente benéficos para o turismo".
O repasse do MTur é de R$1.500.000 e a contrapartida financeira do Estado de Santa Catarina é de R$375.000.
Em vista disto, já em 2009, o Departamento Estadual de Infra-estrutura - DEINFRA, lançou licitação para promover, conforme o edital, a "seleção de empresa especializada para execução de serviços de desenvolvimento do estudo de viabilidade técnica-econômica e ambiental (EVTEA) e elaboração do anteprojeto do Terminal Portuário Turístico Internacional no Estado de Santa Catarina" localizado "na Costa Continental da Região Metropolitana da Grande Florianópolis".
Deverá constar obrigatoriamente do projeto, além do terminal marítimo de passageiros de padrão internacional, terminal de ônibus, área de lojas, gastronomia e entretenimento, permitindo "a elaboração de Roteiros de Turismo a partir do Porto e ao longo dele".
O edital afirma que o projeto "sem ser audacioso, busca estar um passo à frente das necessidades de atendimento aos passageiros e aos transatlânticos".
A previsão é que esta fase inicial de estudos esteja concluída até o início de 2010.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Deputados catarinenses vão apoiar Indústria Náutica

Da esquerda para a direita: Advogado Tributarista Rodrigo Duarte da Silva, Norberto Schaefer (Biosphera), Claudio Brasil do Amaral (Instituto de Marinas do Brasil), Luciano Mattos (Catarina Yachts - Navegantes), Ernesto São Thiago (Porto Turistico Internacional Santa Catarina), Deputado Renato Hinnig, Deputado Rogério Peninha Mendonça e Anderson Anthony Linzmeyer (Estaleiros Fibrafort - Itajai).


No intuito de fortalecer ainda mais o segmento náutico na defesa dos seus interesses comuns, a ACATMAR - Associação Catarinense de Marinas, Garagens Náuticas e Afins esteve na Assembléia Legislativa à convite do Deputado Estadual Rogério Peninha Mendonça, para uma audiência em seu Gabinete que também contou com a presença do Deputado Estadual Renato Hinnig. O Deputado Cesar Souza Junior, que faz parte do grupo de trabalho que estuda o assunto, não pode se fazer presente em virtude de viagem agendada.

No encontro, os Deputados Peninha e Renato relataram as ações que vêm desenvolvendo no sentido de dotar o estado de Santa Catarina de maior competitividade na manutenção das industrias náuticas, frente aos incentivos recentemente oferecidos pelos estados do RJ e SP que reduziram a aliquota de ICMS de 25% para 7% na construção de embarcações. Neste sentido estão elaborando um projeto de lei que, após estudos técnicos da Secretaria da Fazenda, deverá ser levado à votação para que SC não perca com a evasão de industrias locais para outros estados, nem desestimule o surgimento de novos investimentos no setor.

Os deputados Renato Hinnig e Peninha Mendonça confirmaram que o governo do Estado vai reagir à redução do ICMS sobre a indústria náutica promovida pela Fazenda do Rio de Janeiro e São Paulo, com a edição de um decreto ou de um projeto para diminuir a incidência do tributo no setor em Santa Catarina.
Manifestaram irretrito apoio aos pedidos dos estaleiros catarinenses dizendo que em breve terão uma solução para esta questão, colocando-se, ainda, à disposição para discutir as necessidades e outros pleitos da ACATMAR, o que será abordado numa segunda audiêcia.

"O estado de Santa Catarina continua perdendo investimentos, empregos, renda e desenvolvimento economico e social, pela ausência uma política fiscal mais realista para o segmento náutico", comentou Luiz Lunardelli, presidente da Acatmar, E Lunardelli propõe uma ação semelhante à que foi feita em São Paulo e no Rio de Janeiro, por um grupo de empresários e a Acobar: "A Acatmar entende ser necessária uma grande mobilização para mudar esse panorama, evitando principalmente, a perda de divisas e empregos com evasão de estaleiros catarinenses para outros estados."

"A redução da alíquota, que beneficiaria não só os barcos de laser, mas também os barcos de trabalho, de pesca e da indústria petrolífera, será, sem dúvida uma vitória importante para o segmento. Esse novo contexto dará muito mais tranqüilidade aos trabalho dos empresários aqui sediados bem como vai estimular a vinda de novos investimentos para o Estado. Cabe ressaltar que cada barco construido aqui, garante a manutenção de aproximadamente cinco empregos diretos e mais três indiretos", concluiu Lunardelli.

Participaram da audiência os associados Claudio Brasil do Amaral (Instituto Marinas do Brasil) representando o Presidente Luiz Lunardelli, e ainda, Anderson Anthony Linzmeyer (Estaleiros Fibrafort -Itajai), Luciano Mattos (Catarina Yachts - Navegantes), Ernesto São Thiago ( Porto Turistico Internacional Santa Catarina), Norberto Schaefer (Biosphera - Florianópolis) e Rodrigo Duarte da Silva, (Florianópolis) advogado tributarista.

Fonte: ACATMAR

sábado, 18 de julho de 2009

Este BLOG eu recomendo!

O navio de cruzeiros italiano Costa Europa, da Costa, está hoje no Funchal em mais um cruzeiro pelo Mediterrâneo ocidental, Marrocos, Canárias e Madeira.
O ex-Westerdam, ex-Homeric, de 1986, conhecerá em Abril de 2010 uma nova companhia, com o fretamento à Thomson Holiday, do Reino Unido, do grupo TUI, sendo rebaptozado de Thomson Dream.
O Costa Europa foi construído nos estaleiros alemães MeyerWerft para a Home Lines, com o nome Homeric, com o qual navegou até 1988, quando foi comprado pela Holland America Line.
Rebaptizado Westerdam foi alongado em entre Outubro de 1989 e Março de 1990 , com a introdução de um secção pré-fabricada com a extensão de 39,6 metros.
No ano 2002 foi transferido da Holland America para a Costa, para quem opera com a bandeira italiana, sendo hoje um frequentador regular da ilha da Madeira.
Imagens: postais oficiais das companhias Costa e Home Lines
A foto e a notícia acima foram obtidas no excelente BLOG Cruzeiros na Madeira - http://cruzeirosmadeira.blogspot.com/ - de autoria do jornalista Luís Filipe Jardim, radicado no Funchal.
É um BLOG que eu recomendo para aqueles apaixonados por navios de cruzeiro ou que queiram conhecer mais a respeito do assunto. É bem informativo e muito bem ilustrado, mostrando diversos navios de cruzeiro de companhias que sequer operam no Brasil.
Há belas imagens da Ilha da Madeira também.

Bom proveito!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Falando sobre Transportes" - conexão Lisboa/Florianópolis

Por Henrique Olivera Sá
Blog Aventar

No lindo folheto que me foi parar às mãos também se diz, possivelmente para dourar a pílula, que está prevista a construção do terminal de cruzeiros de Sta. Apolónia, para fins de 2010, obra esta que inclui o desenvolvimento e a reabilitação dos cais existentes entre o actua terminal de Cruzeiros de Sta. Apolónia e a Doca da Marinha, numa extensão de 675 m obrigando, por isso, ao fecho da Doca do Terreiro do Trigo. Obra esta que irá concentrar “todo o movimento de navios de cruzeiros” (o sublinhado é meu).
Francamente é pouco, muito pouco em termos do presente e futuro, quando se sabe que esta actividade de turismo tem um forte potencial de crescimento e já se pode constatar a entrada de 300 mil turistas anuais, por esta via.
Dadas as dimensões do cais acostável parece-nos, pelo contrário, que não se pensou no futuro; com efeito, navios como o “Elizabeth II” ou o “Independence of the Seas” apresentam-se com comprimentos que excedem largamente os 300 m ( o primeiro com cerca de 345 m e o segundo, um pouco menos, com 315m).
Salvo melhor opinião, penso que as dimensões modestas deste cais estão condicionadas, a jusante, pela actual Estação Fluvial (carreiras do Seixal, Montijo, Barreiro, Cacilhas), para não prejudicar ou mesmo impedir a navegação dos barcos que aí acostam; e, a montante, pela implantação da Ponte Chelas-Barreiro que já tive ocasião de criticar em trabalhos anteriores.
Situação esta agravada, ainda mais, pela cota muito baixa no banzo inferior do seu tabuleiro – escandalosamente baixa, repito – além de muitos outros inconvenientes também fortemente penalizantes que enumerei oportunamente.
Será que a Câmara Municipal de Lisboa não tem uma palavra a dizer? E já nem faço referência à Junta Metropolitana de Lisboa com funções e meios muito limitados.
Na verdade, a jovem democracia portuguesa ainda não aprendeu a repartir competências e responsabilidades. Faz imensa falta uma Comunidade de Transportes nas grandes cidades, isto é, organismos de planeamento, gestão e controle, dispondo de meios que lhes permitem coordenar acções integradas no campo do Urbanismo/Transportes, a vários níveis.
Ou, de forma mais simplificada, menos elaborada, a existência de uma “holding” de transportes urbanos, ou seja, uma empresa que associa todos os operadores e os municípios envolvidos a qual, sem prejuízo da autonomia de cada uma das empresas componentes, assegura uma gestão coordenada, complementar e não concorrente de todo o sistema de transportes urbanos da cidade e respectiva área suburbana.
Tudo isto já foi experimentado, em maior ou menor grau, em muitas cidades e há várias dezenas de anos. Mas, em Portugal, a norma consiste em centralizar o poder de forma rígida e hierárquica.
No caso vertente, tanto mais fácil porquanto há uma forte dependência entre os Serviços e o Ministério que os tutela. Com os resultados que se conhecem.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Terminal de Cruzeiros de 1 bilhão de dólares para Los Angeles anima trade turístico local




July 14, 2009
By: Brittany Wallace
TravelAgentCentral
Although the cruise industry is still feeling the repercussions of the recent recession, Los Angeles officials are contemplating building a $1 billion terminal to accommodate large numbers of people expected to be sailing away on cruises in the next few years.
According to new reports, San Pedro Bay has emerged as one of the nation’s fastest growing ports of call. The report goes on to explain that with billions in wages, tax revenue and profits at stake, now is the time for the Port of Los Angeles to consider its cruise ship terminals.
"I think we're looking at an industry that despite some short-term challenges will continue exceeding growth in most areas areas of the travel industry and will play a growing role in total economic impact to not only port communities, but the region as a whole," said Mike Keenan, a cruise industry analysis with the Port of Los Angeles, according to Press-Telegram. "The fundamentals are strong, and are likely to remain so for years to come."
With popular destinations, Mazatlan, Puerto Vallarta and Ensenada, for short-term trips near by, Los Angeles and Long Beach have seen an increase in the amount of cruises visiting their ports.The study by Menlo Consulting Group, a California-based travel and tourism industry research firm, found that though cruise travel around Europe and the Caribbean has flattened in recent years, growth here could average between 3 and 4 percent annually through 2020, according to Press-Telegram.This will represent 1 million new passengers, 100,000 annually, between 2012 and 2022 at the Port of Los Angeles.
Port authorities see dollar signs when reviewing the building of the new port as each ship will generate nearly $700,000 in economic output to the city when ships restock on fuel, food, alcohol, disposable dishware and other supplies. The supplies along with the nearly $300,000 passengers will be spending when they get off the ship, will bring a great deal of revenue to the port city.
If projections of three to four percent growth are on target, that could mean about 1.6 million passengers aboard 241 ships will depart from Los Angeles by 2022, good numbers for San Pedro businesses.
Carnival Cruise Lines began docking in Long Beach in 2003. Carnival now departs on three weekly Mexican cruises from Long Beach. Exceeding an estimated 250,000 passengers, Carnival handles 400,000 guests annually in the past few years as its three and four day voyages to Mexico’s Baja Coast have proven popular among vacationers looking for short trips.The growth encouraged Carnival to spend $8 million last year, upgrading its terminal as it made plans to welcome the Carnival Splendor, which it expects will boost annual bookings by at least 50,000 guests, said Remco Buis, Carnival’s West Coast port development manager, according to Press-Telegram.A study conducted by Cal State Long Beach in late 2008 reported that Carnival passengers spent at least $20 million annually here on services such as hotels, food, parking and transportation.
The city collects about $950,000 in sales tax and another $400,000 each year on hotel bed tax. Those figures are expected to grow by about $150,000 with the additional passengers and recent sales tax increases.With competitive terminals in San Diego and Long Beach, Los Angeles port officials are eager to start the building of the $1 billion terminal. "If nothing else, the report shows that it's a highly competitive atmosphere, and unlike other hospitality industries, cruise-ship companies are unique in that they can get up and go where they feel they're going to best succeed," Keenan said, according to Press-Telegram. "The study shows the demand in here, we'd like to ensure it remains that way."

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Porto de Cruzeiros de Portimão


Com o desassoreamento da foz do Rio Arade, o Porto de Cruzeiros de Portimão criou um novo vigor, tornando-se um ponto de passagem e atracagem de navios de cruzeiro de média dimensão.

Até ao final do presente ano, 26 navios atracarão na cidade de Portimão, trazendo a bordo 26.000 turistas que, de outra forma, nunca se deslocariam à Região do Algarve.

A este volume de turistas há que acrescentar aqueles que, semanalmente, neste porto, embarcam ou desembarcam do ferry «Volcán de Tijarafe» da empresa Navieras Armas, que realiza uma carreira regular com destino ao Funchal e que, entre 15 de Junho de 2008 e 14 de Junho de 2009, transportou 25.948 passageiros e um total de 10.820 veículos.

Importa, assim, dar uma especial atenção urbanística a esta zona ribeirinha, que se assume, cada vez mais, como uma importante porta de entrada turística na cidade de Portimão e, consequentemente, na Região do Algarve.

Com o declínio da utilização do Porto de Portimão como local de carga e descarga de mercadorias e a implementação do transporte de passageiros, fará todo o sentido ampliar o Porto de Cruzeiros para Sul, permitindo a ancoragem de mais do que um navio em simultâneo. No passado dia 21 de Junho, para que atracasse no porto o «Thomson Destiny», o maior navio de sempre a entrar num porto algarvio, transportando 1450 passageiros e uma tripulação de 540 elementos, mostrou-se inevitável o atraso no embarque e partida do Amarras, que só saiu da Portimão à noite.

A recuperação do Convento de São Francisco mostra-se ainda mais urgente, podendo perfeitamente ser utilizado como o primeiro ponto de visita em Portimão e, ao mesmo tempo, como um convite para a deslocação pedonal dos turistas para a zona ribeirinha e o centro da cidade.

Também a falésia da Estrada da Rocha deve ser alvo de uma requalificação que a torne num importante cartaz turístico da cidade, uma vez que o desenvolvimento sustentável de uma cidade ou de uma região não se faz apenas com as grandes obras, mas também com as pequenas intervenções de pormenor que as complementam.

Até ao final de Setembro, atracarão na cidade de Portimão os seguintes navios:

2 Ago. Thomson Destiny – 2029 passageiros
11 Ago. Oceana – 2916 passageiros
18 Set. Vistamar - 405 passageiros
20 Set. Thomson Destiny – 2029 passageiros
21 Set. Rotterdam – 1916 passageiros
23 Set. Thomson Spirit – 1774 passageiros
25 Set. Astor – 820 passageiros

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Gripe A: alarde é mesmo necessário?

Fonte do Gráfico:
Ministério da Saúde, 08/07/2009

Segundo a medicina não há razão para tanto alarde em torno da gripe Influenza A (H1N1) – que, entre outros equívocos, já foi indevidamente chamada de “suína”, mesmo não sendo transmitida pelo consumo de carne de porco, ou de “mexicana”, apesar de ninguém ter certeza de onde veio. Dois meses após o surgimento os médicos chegaram à conclusão de que esta gripe tem a mesma baixa gravidade do que outras sazonais - porém, espalhar-se com maior velocidade.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS) 99,6% dos casos confirmados apresentam quadro leve a moderado e apenas 0,4% quadro grave. Afima o MS que a grande maioria das pessoas que estão contraindo esse vírus desenvolvem sintomas brandos e recuperam-se sem a necessidade de medicamentos - o que é confirmado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os raros casos graves, inferiores aos das demais gripes sazonais, têm ocorrido apenas em pacientes com pouca ou nenhuma imunidade a doenças em geral ou vivendo sob baixas condições sanitárias.

Quando questionada se é seguro viajar com a gripe ocorrendo em várias partes do mundo, a OMS responde que sim. Baseia-se, para tanto, em modelos matemáticos que apontam que a restrição de viagens não evitaria a propagação do vírus. Deixar de viajar só vai causar mais prejuízos à indústria turística e à economia, já tão abalados por acontecimentos recentes. Porém a OMS não recomenda viagens para países em que a nova gripe instalou-se como uma epidemia.

Mas não é o caso de ficarmos em casa nas férias. O Estado de Santa Catarina em todas as suas regiões tem centenas de atrações turísticas que encantam todas as faixas etárias. Está aí uma excelente oportunidade para conhecermos melhor nossa terra e dinamizarmos o Turismo interno.

Trade Turístico de Salvador apóia Cruzeiros Marítimos

Projeto do novo Porto Turístico de Salavador

A temporada de cruzeiros vai começar mais cedo em Salvador. A partir de setembro os navios, que antes estavam apenas de passagem por Salvador, agora vão ter a cidade como ponto de partida e de chegada. O fato da capital baiana ser um dos principais destinos turísticos do País é um dos motivos para essa conquista, segundo a presidente da Bahiatursa, Emília Silva.

O número de visitantes originários de navios que passam por Salvador vem aumentando a cada ano. “Há cinco anos atrás, o total de turistas que embarcava e desembarcava aqui era de 47 mil, já na temporada de 2008/2009 essa estatística subiu para mais de 213 mil passageiros”, afirma o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado da Bahia (Sindetur), Alexandre Garrido.

A presidente da Bahiatursa ressalta a importância de ter Salvador como ponto de partida e chegada de Cruzeiros para o fomento do turismo na cidade. “Antes o turista ficava apenas algumas horas em Salvador, agora com o embarque e desembarque aqui o passageiro vai querer aproveitar melhor o local, ficando aqui por alguns dias, o que vai movimentar toda a cadeia turítica da cidade, pois ele vai utilizar dos equipamentos turísticos da cidade”.

fonte: BRASILTURIS JORNAL

Nota pessoal: com o Porto Turístico Internacional Santa Catarina, no continente, a Baía Norte vai deixar de ser apenas um porto de escala de transatlânticos e passar a ser também ponto de partida e chegada.