sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ventos fortíssimos levaram barcos ao limite nas regatas de hoje da Extreme Sailing Series!!!

Ventos de 60 Km/h fizeram os super catamarãs praticamente voar sobre as águas agitadas da Baía Norte! Foto: ZDL/Divulgação

Enorme sucesso de público! Foto: Ernesto São Thiago

Autor do blog e filhos aguardando início das regatas! Foto: Ernesto São Thiago

As crianças adoraram! Foto: Ernesto São Thiago

Atenção total às regatas! Foto: Ernesto São Thiago

Barcos passam pertinho da orla! Foto: Ernesto São Thiago

Tecnologia de ponta a serviço dos visitantes da Arena! Foto: Ernesto São Thiago

A capital catarinense ofereceu um dia que pode ser considerado mais do que ideal para o velejador. A velocidade do vento chegou ao extremo. Além do vento 'no limite', sol e calor complementaram o cenário na arena instalada junto ao Trapiche da Av. Beira Mar. Porém, a intensidade superou a expectativa. Soprou entre 22 e 26 nós no início da tarde desta sexta-feira(15), com rajadas de até 35, cerca de 65 km/h, mantendo a direção nordeste. 

Para preservar a segurança dos velejadores, a Comissão de Regatas optou por realizar apenas três das oito largadas que estavam previstas. Foi o suficiente para aglomerar o público que vibrou no Trapiche e na arquibancada do Race Village com duas vitórias do Red Bull Sailing Team e uma do The Wave Muscat, resultados que não interferiram na liderança do barco de Omã no campeonato e na etapa brasileira. 

"Foi um belo dia de corridas. Perdemos o tempo de contorno da boia na primeira regata, mas depois conseguimos tirar a máxima velocidade do barco para ganharmos as outras duas. Podemos comparar com o primeiro dia da etapa anterior, em Nice, onde também tivemos de enfrentar as ondas e o vento forte, mas estamos preparados para todas as condições", relatou o bicampeão olímpico austríaco da classe Tornado, Roman Hagara, comandante do Red Bull Sailing Team, terceiro colocado na classificação geral e após dois dias de regatas em Florianópolis. 

O líder omani venceu uma regata e manteve a regularidade, sua maior virtude na temporada. "Enfrentar os ventos fortes foi o maior desafio. Fizemos uma das corridas mais difíceis do ano. Ainda bem que as ondas não eram altas. Abrimos nove pontos de vantagem para o Alinghi, mas isso não quer dizer nada", analisou o comandante do The Wave Muscat, Leigh McMillan, que levou o barco ao primeiro, segundo e quarto lugares. 

As quebras foram inevitáveis. O Team Brazil Mapfre, com a tripulação buscando adaptar-se ao barco durante as regatas, não conseguiu completar nenhuma das três provas. Largou bem na segunda, chegou a velejar ao lado dos líderes na primeira perna, mas o equipamento não resistiu. "Estava difícil para nós e complicou ainda mais quando a Comissão pediu para diminuirmos a área vélica. Perdemos a primeira largada. Estávamos ganhando velocidade na segunda, quando quebrou o gurupés, peça que sustenta a vela-balão. Vamos fazer os reparos e pensar no sábado", comentou o comandante brasileiro, Clínio de Freitas. Outra vítima das rajadas de Florianópolis foi o suíço Realteam, avariado na última regata. 

Race Village lotado - Grande público acompanhou o segundo dia de regatas na orla da Av. Beira Mar Norte. Mais de 10 mil pessoas circularam pela região próxima ao Trapiche, lotando a arquibancada e a área vip montadas para o evento. Uma área de alimentação, aulas de aeróbica e de spinning oferecidas pela academia FScherer, exposição dos carros da Land Rover, patrocinador do evento, e um enorme telão para acompanhar as regatas eram as outras atrações do Race Village, movimentado até o final do dia, mesmo depois da programação náutica ter sido encerrada. O Circuito Bem Estar do Fiesc-Sesi garantiu a diversão da criançada, com vários brinquedos infláveis. 

A previsão de vento para o sábado é de que a intensidade seja mantida, porém, com a direção alterada para sueste, o que deve levar os Extreme 40 novamente a velocidades superiores a 40 km/h, para o delírio do público. Para domingo, último dia de competições, o vento sueste deve baixar para dez nós. 

Arena - A inusitada forma de se organizar um campeonato de vela com a estrutura de arena, a exemplo do que é comum para outras modalidades, faz com que os negócios gerados em cada uma das oito etapas anuais do circuito mundial Extreme Sailing Series™, sejam impulsionados de vento em popa, dentro e fora da água. Ao longo da temporada o investimento da organização e das oito equipes é 60 milhões de reais, enquanto as cidades-sede tem impacto econômico em torno de 90 milhões de reais, média de 12,8 milhões de reais cada. 

"Para sustentar a campanha por uma temporada, cada equipe desembolsa pouco menos de um milhão de euros (3 milhões de reais). Já a organização investe entre 1,2 e 1,5 milhão de euros (entre 3,7 e 4,7 milhões de reais) pela organização em cada sede do campeonato. Nossa estimativa é de que as cidades movimentam mais de quatro milhões de euros (12 milhões de reais) a cada passagem dos barcos", afirma François Vergnol, diretor comercial da OC Sport, empresa organizadora do Extreme Sailing Series™. 

O francês, de 32 anos, considera que o investimento das equipes, nivelado, garante o equilíbrio e mantém a emoção da disputa até a última etapa. Neste ano, por exemplo, cinco barcos chegaram à Florianópolis com chances de brigar pelo título. "O valor disponível a cada time é semelhante, não influencia nos resultados. O que vale mesmo é o braço do velejador e a capacidade de contratar os tripulantes mais bem preparados para esse tipo de regata. Não adianta querer investir em tecnologia ou equipamentos porque somos muito rigorosos no controle das regras para garantir o equilíbrio", aponta Vergnol. 

Enquanto as tripulações apresentam o espetáculo ao redor do mundo, a mídia registra o show da vela e justifica o investimento. Nesta temporada de 2013, o retorno de mídia obtido pelo circuito deve ultrapassar 30 milhões de euros (90 milhões de reais). O aumento registrado a cada ano varia entre 15 e 40%. As imagens dos barcos voadores chegam a 54 redes de TV, incluindo Channel 4 (Reino Unido), Eurosport, ESPN, Al Jazzera, Esporte Interativo e Bandsports, entre outras que distribuem o material do Extreme Sailing Series™, para mais de 100 países dos seis continentes. O Ato 8 Florianópolis tem 100 jornalistas credenciados entre brasileiros e estrangeiros. As regatas decisivas, neste domingo (17), terão transmissão ao vivo, entre 14h30 e 16h30, pelo canal SporTV. 

"Apesar de realizarmos um circuito comercial, oferecendo retorno aos patrocinadores, parceiros e às cidades por onde passamos, temos um conceito muito particular. Em vez de levarmos o público à vela, trazemos a vela até o público. Os números sobre quem passa pelo Race Village não são importantes. O que interessa, é que desfrutem a experiência. Queremos criar aficionados, como existem no futebol, na Fórmula 1 e no tênis. Esperamos em breve ver os fãs vestindo as cores dos barco do seu país ou da equipe de sua preferência", relata o executivo francês, que reside na Suíça. Ele exalta a presença de mais de 120 mil espectadores na etapa deste ano em Cardiff, País de Gales. A média do ano tem sido de 45 mil pessoas em cada arena, ao longo dos quatro dias de evento. 

Além do natural aspecto esportivo, diante do elevado nível técnico dos velejadores, o Extreme Sailing Series™ tem a missão social de expandir a prática da vela a regiões onde a modalidade ainda requer uma cultura náutica. No Omã, sustentada por dois títulos no circuito mundial, a vela está se posicionando com o segundo esporte na preferencial dos torcedores, apaixonados pelo futebol. A empresa Oman Sail, responsável para participação omani entre os Extreme 40, espalhou pelo país do Oriente Médio, cinco escolas de vela, buscando incentivar as crianças a se tornarem futuros velejadores. 

Para atingir visibilidade e conquistar nos mercados, os patrocinadores sempre esperam por uma diversidade de sedes a cada temporada. "Estrategicamente, o Brasil é importante para nós. Europa, América do Norte e países emergentes como China e Brasil precisam estar em nosso roteiro. Hoje temos oito sedes e logisticamente não podemos passar do limite de nove etapas. Passamos por Boston em 2011 e retornaremos aos Estados Unidos em 2015. No próximo ano, a tendência é de irmos à Austrália", projeta o francês, que deseja incluir o Brasil na próxima temporada. Vergnol compartilha da opinião do comandante do Alinghi, Morgan Larsson, que afirmou ter sido a abertura de Florianópolis o melhor dia de regata da temporada. "Mesmo com o sucesso em Florianópolis, ainda não temos definição sobre a sede brasileira para 2014". 

François Vergnol faz questão de enfatizar a relação que o Extreme Sailing Series™ estabelece com os convidados e a mídia e a oportunidade que oferece aos velejadores já consagrados. "Na vela olímpica, por exemplo, o ouro é o máximo que pode ser atingido. E depois, o que o atleta vai fazer? O Extreme 40 permite que se veleje em alto nível até 45 anos. Ao mesmo tempo, proporciona ao convidado, tornar-se o sexto tripulante e dividir o cockpit de um barco, em pleno à regata com seus ídolos do esporte. É como se o torcedor do Barcelona fosse o 12º jogador e pudesse ficar próximo do ídolo Messi, mesmo sem jogar". 

O grupo fixo da organização, que viaja pelos três continentes, é de 50 profissionais, além de outros 70 entre velejadores e apoios das equipes. As agências locais, parceiras da OC Sport, contratam em cada cidade uma média de 100 pessoas. 

A fórmula de levar os barcos ao público, em arenas, conquistou também importantes empresas mundiais, que apostam no evento e nas equipes. São marcas como Land Rover, SAP, GAC Pindar, Edox, Red Bull, Prada, Samsung, iShares e BT. 

Mais informações no site: 
www.extremesailingseries.com 

E-mail: media@extremesailingseries.com

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Fonte: ZDL

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