segunda-feira, 15 de junho de 2015

Cruzeiros: Brasil tem maior queda global e Austrália dispara, aponta estudo


Em imagem do Panrotas, transatlântico fundeado na Baía Babitonga ao largo do belíssimo Centro Histórico da Ilha de São Francisco do Sul (SC).

De acordo com o Relatório Anual da Indústria Cruzeiros divulgado pela Clia - Cruise Lines International Association, a maior queda do mercado global vem ocorrendo no Brasil, que caiu de 732 mil passageiros em 2013 no para 640 mil em 2014, após uma alta para 780 mil em 2011. Ao longo do tempo, no entanto, o mercado brasileiro cresceu 412%, considerado o período 2005-2014.

A boa notícia, é a união de esforços entre o Governo Federal e a Clia Brasil para retomar o crescimento.

Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil teve 10 navios de cruzeiros em sua costa na última temporada, metade do que havia há quatro anos. O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, relacionou o momento vivido pelo segmento à falta de uma legislação clara e altos custos de mercado, fora a infraestrutura insuficiente. 

Com interesse de retomar o crescimento, o segmento pediu apoio ao ministro Henrique Alves na solução de questões que impactam o setor.

“Temos muito o que mostrar para estrangeiros e brasileiros que saem do Brasil para o Caribe e outros destinos, enquanto temos praias paradisíacas aqui no nosso país”, disse Henrique Alves.

O ministro falou sobre a importância dos cruzeiros para as economias locais e para o desenvolvimento econômico do país. “Um segmento que movimenta mais de R$ 1 bilhão durante uma temporada e gera mais de 15 mil empregos tem um grande potencial econômico, precisamos posicionar o produto e destravar as amarras que o impedem de crescer”, disse o ministro. A intenção é reverter essa curva descendente de crescimento e criar novas rotas, como uma específica para o Nordeste, para aproveitar o potencial da costa brasileira.

Já o mercado australiano, nosso concorrente direto, cresceu de 158 mil passageiros em 2005 para uma estimativa de 1 milhão em 2014, de acordo com o mesmo relatório, citando fontes de turismo e cruzeiros na Austrália.

O mercado da Ásia-Pacífico cresceu cerca de 185% nos últimos cinco anos para os quais estão disponíveis registros confiáveis ​​- a partir de uma estimativa de 530 mil passageiros em 2010 para mais de 1,5 milhão de passageiros no ano passado.

Embora o mercado da América do Norte tenha crescido cerca de 23% de 2005 a 2014, de 9,6 para 11,8 milhões de passageiros, basicamente permaneceu o mesmo nos últimos três anos.

A Europa cresceu 106% durante o período de 10 anos, de 3,1 para 6,4 milhões de passageiros, com os países nórdicos liderando o caminho em termos com um aumento de 780% de 42.000 passageiros para 370.000. 

O maior mercado europeu, no entanto, é a Alemanha, com 1,8 milhões, tendo crescido 180% em 10 anos. 

O Reino Unido tem se expandido em 53%, de 1,1 a 1,6 milhão de passageiros. A França também cresceu - de 233.000 para 591.000.

Apesar de mostrarem forte crescimento ao longo do período de 10 anos, a Itália e a Espanha encolheram no ano passado. Após expandir 62% em 10 anos, apenas 833 mil italianos realizaram cruzeiros ano passado, em comparação com 860.000 no ano anterior. A Espanha cresceu 51% ao longo do período, com 573 mil espanhóis realizando cruzeiros em 2014, abaixo dos 600 mil de 2013 e do aumento para 703 mil em 2010.

Fontes:  

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