Em acervos pessoais ou espalhadas pela internet, há diversas fotos deste tempo em que a capital catarinense tinha a mentalidade marítima muito mais presente, valendo-se das nossas baías para seus deslocamentos diários entre bairros da Ilha de Santa Catarina e entre esta e o Continente, antes da ponte Hercílio Luz ou do advento do aterro da Baía Sul - este, obra planejada de forma insensível, que ceifou definitivamente parte fundamental do "ser ilhéu", apenas em parte resgatada com a iminente retomada do transporte marítimo regional.
Quando pensados com foco na dimensão humana, aterros são obras notáveis e aproximam ainda mais a comunidade e o mar. Mundo afora - e aqui mesmo em Florianópolis (já implantados ou em licenciamento) -, alguns acrescidos de marinha têm exatamente esta finalidade: levar o povo à borda d'água, instigando-o a valorizar a função também lúdica do espaço aquático e a com ele interagir:
Não foi o (o)caso do aterro da Baía Sul, inventado para uso do automóvel, criando um imenso vazio a título de "parque" entre o tecido urbano e a borda d'água, desviando-se do projeto original que, ao menos, contemplava prédios da burocracia pública e outros espaços e, assim, garantia gente por ele circulando:
Este plano original incluía "um shopping, onde haveria local exclusivo para o comércio" e "uma parte para escritórios, outra para residências de pessoas de baixa renda, para não gastar com transporte, e uma área reservada para um centro ecumênico" (clique na imagem acima e confira entrevista concedida pelo engenheiro e ex-governador Colombo Salles ao jornalista Carlos Damião).
O melhor teria sido que este masterplan original, que de todo modo evidentemente não foi executado, incluísse também unidades habitacionais para todas as classes, hotelaria, gastronomia, entretenimento e uma ampla marina pública em um grande canal entre o aterro - que aí seria "insular" - e o waterfront original, preservando o acesso aquaviário ao Centro Histórico.
Porém...
O aterro da Baía Sul, para ser de livre acesso público, transformou-se nisto, como registrou Carlos Damião
O triste "quadro" atual na imagem publicada em importante matéria do jornal Notícias do Dia
Quando pensados com foco na dimensão humana, aterros são obras notáveis e aproximam ainda mais a comunidade e o mar. Mundo afora - e aqui mesmo em Florianópolis (já implantados ou em licenciamento) -, alguns acrescidos de marinha têm exatamente esta finalidade: levar o povo à borda d'água, instigando-o a valorizar a função também lúdica do espaço aquático e a com ele interagir:
Projeto de aterro sendo licenciado em Florianópolis no contexto de empreendimento turístico de uso misto
No aterro da Baía Norte, junto ao "trapiche", o uso pela população é intenso.
Calçadão do aterro da Baía Norte, após novo paisagismo, melhorou bastante.
Imagem publicada por Carlos Damião
Este plano original incluía "um shopping, onde haveria local exclusivo para o comércio" e "uma parte para escritórios, outra para residências de pessoas de baixa renda, para não gastar com transporte, e uma área reservada para um centro ecumênico" (clique na imagem acima e confira entrevista concedida pelo engenheiro e ex-governador Colombo Salles ao jornalista Carlos Damião).
O melhor teria sido que este masterplan original, que de todo modo evidentemente não foi executado, incluísse também unidades habitacionais para todas as classes, hotelaria, gastronomia, entretenimento e uma ampla marina pública em um grande canal entre o aterro - que aí seria "insular" - e o waterfront original, preservando o acesso aquaviário ao Centro Histórico.
Porém...
O aterro da Baía Sul, para ser de livre acesso público, transformou-se nisto, como registrou Carlos Damião
O triste "quadro" atual na imagem publicada em importante matéria do jornal Notícias do Dia
Há vários anos, o governo da prefeita Ângela Amin, através de concurso, tentou trazer o espelho d'água de volta mas, infelizmente, o projeto vencedor está até hoje na gaveta:
Rogo encarecidamente que me enviem fotos do Centro Histórico ainda sendo banhado pela Baía Sul, se possível com os devidos créditos de autoria e propriedade. O envio pode ser feito para meu endereço de email - ernestosaothiago@hotmail.com - ou através da minha página no Facebook: http://migre.me/dHOST
Serão todas postadas nesta publicação, a qual será imediatamente trazida ao topo do blog sempre que for atualizada com novas imagens.
Estas três abaixo foram postadas no Facebook pelo perfil Fotos Antigas da Grande Florianópolis:
Grato pela dica, Léa Mendes!
A foto abaixo, localizada no mesmo local da internet que as outras, foi dica da Vera Scherer:
A foto abaixo, localizada no mesmo local da internet que as outras, foi dica da Vera Scherer:
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