segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Temporada de cruzeiros 2009/2010 injetará US$ 246 milhões na cidade do Rio de Janeiro. Oferta de empregos e ocupação hoteleira são ampliadas.

MSC Lyrica

Segundo a Associação Brasileira dos Operadores de Turismo Receptivo Internacional - BITO, nos próximos seis meses os transatlânticos deixarão cerca de US$ 246 milhões na cidade do Rio de Janeiro. O valor é significativamente maior que o da temporada passada, em que o segmento movimentou US$ 150 milhões na capital fluminense.

Conforme informou a administração do Píer Mauá, no próximo 3 de janeiro irão desembarcar 32 mil turistas provenientes de sete navios de cruzeiro atracados simultaneamente, marca considerada recorde para a cidade.

"Quando assumimos a administração do Terminal de Passageiros, em 1998, tínhamos dois objetivos principais: investir nas instalações e conquistar os grandes armadores. Hoje, não apenas conquistamos os objetivos iniciais, como fomos além: iniciamos, com recursos próprios, a revitalização da Zona Portuária, devolvendo as características originais dos armazéns, capacitando-os para receber um número cada vez maior de turistas" - destaca Américo Rocha, diretor de operações do Píer Mauá.

A bordo do MSC Lirica, navio inédito no Brasil e primeiro da frota MSC Cruzeiros a chegar ao litoral do país, na última quinta-feira (22) foi realizado evento que marcou a abertura oficial da temporada 2009/2010 de cruzeiros na América do Sul. O encontro que contou com a presença de autoridades como o Ministro do Turismo, Luiz Barreto, o Secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Antônio Pedro, o vice-presidente da Abremar, André Pousada, além do deputado federal Silvio Torres (Comissão de Turismo e Desporto da Câmara), do senador Neuto de Conto (Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo), da vereadora Clarissa Garotinho (presidente Comissão de Turismo Câmara Municipal), de agentes de viagens e imprensa.

Durante o encontro, autoridades federais e municipais reforçaram a importância do desenvolvimento do setor de cruzeiros para o turismo brasileiro e também acompanharam os números positivos apresentados pela empresa. Para o Rio de Janeiro, por exemplo, a expectativa é que o impacto econômico proporcionado apenas pelas escalas dos navios da MSC gire em torno de R$100 milhões, o dobro em relação a temporada anterior.

Com o início da temporada dos transatlânticos, trazendo milhares de turistas à cidade, a Guarda Municipal do Rio começou seu esquema especial de patrulhamento e atendimento aos visitantes que chegam à cidade por mar, para férias, festas de fim de ano e Carnaval.

Na chegada do navio MSC Lyrica, com 2 mil passageiros, o Píer Mauá contou com um efetivo de 11 agentes, incluindo um especificamente para o controle do trânsito no entorno do local e dois do Grupamento de Apoio ao Turista (GAT) fluentes em inglês e espanhol. Os dois guardas do GAT prestam orientações diversas aos turistas sobre meios de transporte, opções de city tour, pontos turísticos e outras informações. Esse mesmo esquema será montado em todos os dias de embarque e desembarque dos navios até 4 de maio de 2010.

A escala do MSC Lyrica foi a primeira das 226 que ocorrerão até março do ano que vem no porto turístico do Rio, o segundo em movimento na rota dos cruzeiros. Serão realizadas por 36 diferentes navios em cabotagem e longo curso. São esperadas 620 mil pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo, um crescimento de 90% em relação ao ano passado.

Para receber tantas pessoas, o Píer Mauá triplicou de tamanho. Os terminais foram reformados para dar mais conforto aos turistas. Muitas pessoas foram contratadas, e os profissionais foram treinados para não faltar informação para quem chega à Cidade Maravilhosa.

"Estou muito otimista que isso vá criar emprego para muita gente, tanto na área de turismo, mas também na área de prestação de serviços de uma maneira geral, porque isso reflete na cidade de uma maneira geral, com certeza", diz o guia de turismo Luiz Carlos Gonçalves.

Para essa temporada, as vagas de emprego já foram preenchidas, mas com as Olimpíadas de 2016 e a Copa de 2014, a tendência é que o setor cresça nos próximos anos.

"Com esse movimento, a gente tem certeza de que a gente está irrigando a economia toda do Rio de Janeiro, principalmente a rede hoteleira", diz Américo Rocha.

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