sábado, 31 de outubro de 2009

SÉRGIO DA COSTA RAMOS: porto turístico em Florianópolis só se prevalecer a perseverança dos incorporadores e a "não obstrução" do poder


30 de outubro de 2009 N° 8608

SÉRGIO DA COSTA RAMOS

Um porto

Antigamente, quem ficasse de sentinela no alto do Morro do Antão testemunhava o incessante movimento do porto de Florianópolis, bem “retratado” nos quadros de Eduardo Dias. Hoje, um ilhéu precisa viajar para Santos, Rio, Miami, Nova York, San Francisco – ou seja, para qualquer lugar onde haja navios, a fim de “flagrá-los” em sua elegante singradura. Aqui em Floripa, a visão somente retornará ao nosso horizonte se prevalecer a perseverança dos incorporadores do “Porto Turístico” – e a “não obstrução” do poder e dos agentes públicos.

A ver navios

Do contrário, Floripa continuará, figuradamente, “a ver navios”, expressão hilariante, que indica “frustração”. A expressão foi cunhada pelos portugueses do século 16, época das grandes navegações. Os armadores se punham no morro chamado “Alto de Santa Catarina”, em Lisboa, de onde divisavam o Tejo e de lá contavam o retorno das suas caravelas, para um cálculo preliminar do “lucro”.

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