Feira Miramar - Inclusão Social através do Turismo
É um erro afirmar que apenas empresas de grande porte ganham com os cruzeiros. Na verdade, quase a totalidade dos produtos e serviços turísticos é vendida por micro e pequenos empreendedores ao imenso número de turistas que desembarcam ao longo da costa brasileira.
MPEs que investiram na recepção de cruzeiros há pouco mais de um ano, hoje tem neste segmento um volume de negócios que já representa parcela significativa do faturamento.
Os transatlânticos passaram a aportar em Macapá em 2007 e movimentaram toda a economia da cidade. Em uma empresa de receptivo, por exemplo, a prestação de serviços aos turistas de cruzeiros já representa 50% do faturamento.
É um segmento que tem público certo, diferente dos outros roteiros, sem certeza de visitantes. Sabe-se com enorme antecedência a quantidade de turistas em cada navio, havendo melhores condições de planejamento, especialmente quando ele é realizado através de Arranjos Produtivos Locais, os APLs.
Pesquisas mostram os benefícios advindos da organização de pequenas empresas, gerados principalmente pela possibilidade de desenvolverem um processo de aprendizado coletivo a partir da troca de experiências com outras empresas, clientes e fornecedores e na busca de soluções para problemas comuns.
Em Maceió, a participação das MPEs no segmento tornou-se mais ativa há dois anos com a criação de um grupo de empresas de receptivo que buscou apoio para qualificação e estruturação de projetos. Como resultado, melhoraram muito a qualidade de atendimento ao turista e esperam um aumento de 50% na capacidade operacional até 2013.
Na última temporada, esta gente que gosta de navegar pelo litoral brasileiro deixou mais de meio bilhão de reais em variados gastos nos destinos visitados: R$ 172,6 milhões no comércio varejista, R$ 155,1 milhões com alimentos e bebidas, R$ 67,6 milhões em passeios, R$ 30,5 milhões em transporte durante a viagem. Os agentes de viagens receberam R$ 122,9 milhões em comissões de vendas e os hotéis, muitos de pequeno porte, faturaram perto R$ 16,4 milhões hospedando turistas antes ou após os cruzeiros.
Vale lembrar que na cadeia produtiva do turismo, as MPEs são a imensa maioria: detêm uma fatia de 80%. Então, é preciso que unam forças pela vinda dos cruzeiros e qualifiquem-se para bem receberem os milhares de turistas que deles desembarcam durante os 8 (oito) meses, de outubro a maio, colaborando fortemente para a quebra da sazonalidade do turismo no litoral.
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