quinta-feira, 28 de março de 2013

Florianópolis precisa de um terminal de cruzeiros. É uma questão de competitividade!


Durante conversa com empresários da capital, o governador destacou as obras que 
são prioridade para a Grande Florianópolis, entre elas, o terminal de cruzeiros em Canasvieiras


10 de junho de 2011 | N° 9196
ARTIGOS
Acorde, Floripa!, por Ernesto São Thiago*

Um terminal de cruzeiros para Canasvieiras foi noticiado por ocasião da palestra do governador Raimundo Colombo à Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). Quem deu a boa nova foi Cesar Souza Junior, titular da Secretaria Estadual do Turismo. Segundo ele, o governo do Estado irá buscar recursos junto ao Ministério do Turismo para o projeto. Terminamos um estudo que indicou Canasvieiras como o melhor lugar do litoral catarinense para a instalação de um terminal de cruzeiros. Já estamos trabalhando para conseguir o projeto executivo e as licenças ambientais, detalhou a um auditório absolutamente lotado. Vamos recolocar Florianópolis novamente no mapa dos cruzeiros internacionais, garantiu.

Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado no Seatrade South America Cruise Convention, encontro mundial do segmento, o turismo marítimo movimentou, em 2010-2011, entre gastos de armadoras e de passageiros, R$ 1,3 bilhão no país. O Rio registrou R$ 102,9 milhões, seguido por Santos, com R$ 86,6 milhões, e Búzios, com R$ 57 milhões. Dos R$ 522,5 milhões gastos pelos turistas e tripulantes, R$ 172,6 milhões o foram com o comércio varejista, e R$ 155,1 milhões com alimentos e bebidas. Passeios giraram R$ 67,6 milhões, e transporte, durante a viagem, R$ 30,5 milhões. Comissões a agentes de viagens representaram mais R$ 122,9 milhões. Gastos com hotéis e resorts, antes ou após o cruzeiro, chegaram a R$ 16,4 milhões.

A última temporada teve 20 navios, que transportaram, aproximadamente, 800 mil passageiros, 100 mil estrangeiros. Com melhores portos, regulação e marketing, os números vão disparar. Milhões de fiéis turistas de cruzeiros americanos e europeus começarão a desembarcar no Brasil.

Se a hipersazonalidade é um grande desafio, a temporada de cruzeiros brasileira vai de outubro a maio: quando estamos na primavera, navios já estão movimentando milhares de turistas em outros destinos do litoral brasileiro, inclusive o de SC, e continuam a fazê-lo até depois da Páscoa, quando os turistas há muito já se foram daqui. Florianópolis precisa desse terminal de cruzeiros. É uma questão de competitividade.

*DIRETOR DE TURISMO DA ACIF

ATUALIZAÇÃO EM 28/03/2013:

Estou convencido de que se Florianópolis se equipasse adequadamente para merecer de volta os cruzeiros (até 2008 recebíamos alguns) o número total de escalas no litoral catarinense cresceria vertiginosamente, dado o momento atual do mercado, em busca de novos portos. O "efeito Floripa" seria sentido inclusive com o aumento de escalas nos destinos da nossa costa que já operam este segmento. E não estou sozinho nesta opinião: a ABREMAR pensa do mesmo modo, assim como lideranças do trade turístico de Porto Belo.

A excelente matéria abaixo, do jornal Notícias do Dia de hoje, não entrou neste mérito, mas mostra o sintoma da ausência de Florianópolis nas rotas dos cruzeiros:


ATUALIZAÇÃO EM 29/03/2013:

Coluna de política do jornalista Moacir Pereira, do Diário Catarinense:

 

ATUALIZAÇÃO EM 1º/04/2013:

Coluna de economia da jornalista Estela Benetti, do Diário Catarinense:

Um comentário:

  1. Gerar empregos para quem gosta de trabalhar,não só pelo dinheiro,que ama a profissão que escolheu.

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